Fauna de uma fêmea de 22 anos
Outrora toda sorte
de animal estranho e selvagem
vivia dentro dela,
mas uma febre muito alta
os exterminou.
A febre alta se foi
e ela acordou vazia.
Uivos, rugidos, ganidos,
rosnados, trinados,
tudo havia se calado.
Jaguares, lobos, touros,
tigres, águias, coiotes,
cavalos e graúnas,
Todos silenciosos
e extintos.
O corpo ainda quente,
a pele ainda ardia
como uma queimadura de sol;
No leito adoentado
clamou por sua fauna
mas nada recebeu além
de um beijo no olho
e um comprimido.
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Um comentário:
oI, MOÇA...
Escuta, posso tentar emplacar esse lindo poema de época no jornalzinho lá de porto alegre? é que mês que vem, como te disse outro dia, a edição será só de poesia. me manda um e-mail confirmando. beijos.
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