Eu viajo:
malas feitas,
postes passam.
E o doce balanço
da estrada repete:
"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".
Em terra estrangeira
conto moedas estranhas
e brigo com o idioma local.
No Hilton de Puerto Madero,
no Red Roof Inn de Memphis,
O Mississippi e o De La Plata
Sussurraram a cantiga -
"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".
Em Barbacena
eu estou na fila
para ver uma rosa negra.
Encaro a bichinha
pintada de anilina.
E como um raio
me atinge:
"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".
Um dia eu dormi no ônibus,
eu perdi o ponto.
O trocador me sacudiu -
Ponto Final!-
Não deu outra:
Catumbi.
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2 comentários:
El mundo es una moneda
el mundo es un pañuelo
sobre todo en el Hilton
de Puerto Madero.....
jaja
besos
Adrián
ps: tu español está bárbaro, tu poesía tb.-
Gracias, cariño!
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