Você acena, as mãos,
como se regesse uma orquestra.
Com todo o drama das melodias,
De todas as partidas,
antes dessa.
Seus dedos tortos controlam,
tremem os arcos dos violinos,
pulsam a jugular do cello,
desafina,
por um compasso.
geme, grave, geme.
A dor dos cantores de tango
Entre as pernas da moça
Sua saia como cortina,
geme, o cello, geme,
O desejo que agoniza.
A orquestra toda some
Na curva da esquina
Enfiada no seu bolso,
onde um isqueiro é procurado.
18.2.07
Despedida Orquestrada
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