25.9.07

Catumbi

Eu viajo:
malas feitas,
postes passam.
E o doce balanço
da estrada repete:

"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".

Em terra estrangeira
conto moedas estranhas
e brigo com o idioma local.
No Hilton de Puerto Madero,
no Red Roof Inn de Memphis,
O Mississippi e o De La Plata
Sussurraram a cantiga -

"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".

Em Barbacena
eu estou na fila
para ver uma rosa negra.
Encaro a bichinha
pintada de anilina.
E como um raio
me atinge:

"O mundo não passa
de um enorme Catumbi".

Um dia eu dormi no ônibus,
eu perdi o ponto.
O trocador me sacudiu -
Ponto Final!-

Não deu outra:
Catumbi.

2 comentários:

A. J. disse...

El mundo es una moneda
el mundo es un pañuelo
sobre todo en el Hilton
de Puerto Madero.....
jaja
besos
Adrián

ps: tu español está bárbaro, tu poesía tb.-

JuliaD disse...

Gracias, cariño!