1.8.07

O da navalha

Doa suas dores
E dói elas sozinho.
Desfiando a navalha
Com dentes de bronze e prata
Quase não sangra
E se sangra
Sangra frio.
Inalou o suor
Doce do cajueiro
E saiu um dia dizendo
Que ia matar um homem.

Despejou uma cana no pâncreas,
Assolou um quarto de hotel.
Rezando ele me jurou
Que era homem de bem –
Tola que sou, tola que sou,
Eu acreditei.

Nenhum comentário: